Museu da Morte, Tailândia
A morte assusta a grande maioria das pessoas, mas também intriga e atrai. O Museu Médico Siriraj, mais conhecido como Museu da Morte de Bangcoc, capital da Tailândia, não é para gente com estômago fraco. Cérebros com hemorragias, pernas e braços mutilados, caveiras furadas por balas, além do corpo mumificado de Si Ouey, um famoso canibal que assassinou várias crianças durante a década de 50, estão expostos neste mórbido museu, situado em um antigo hospital. O Museu da Morte é uma das atraçőes mais visitadas de Bangcoc.
O fascinante e ao mesmo tmepo sinistro lugar, montado pelo
departamento de medicina legista do Hospital Siriraj, fica no coração de
Bangcoc, ás margens do rio Chao Phraya e muito perto de alguns dos mais
belos templos da Tailândia.
Um dos hóspedes mais distintos é o
cadáver mumificado de cera de Se-Oui, um psicopata chinês que matava
crianças e depois as comia.
Este "Hannibal Lecter" tailandâs
se alimentava de pessoas "porque amava comer órgãos de humanos, e não
porque tinha fome", ilustra um texto explicativo.
O museu dos
horrores exibe também o vestido manchado de sangue de uma vítima,
chamada Nualchawee, assim como a faca com a qual foi assassinada, e seu
diário.
Um número crescente de estrangeiros chegam ao local
com uma mistura de fascínio e repugnância ao museu, que por enquanto não
está incluído nos itinerários dos guias turísticos junto com os
templos, palácios e mercados gastronômicos.
"Em minha vida, nunca vi algo parecido", explica Daniel Brown, um turista britânico de 25 anos.
"Minha namorada me falou deste lugar e, após vários dias visitando
templos, decidimos vir", continua o jovem, que admite que não é capaz de
manter o olhar perante alguns dos fetos e órgãos expostos.
Feito para a instrução de jovens médicos, o museu é dividido em seis
partes dedicadas a patologias, medicina legista, parasitologia,
anatomia, história da ciência tailandesa e pré-história.
No
museu legista são exibidos objetos e fotografias de homicídios,
suicídios e acidentes mortais; assim como caveiras, ossos, esqueletos e órgãos dissecados, que foram testemunhas de trágicas histórias.
Os objetos mais venerados são os instrumentos médicos com os quais se
fez a autópsia do monarca Ananda Mahidol ou Rama VIII, irmão do atual
rei Rama XIX e assassinado com um tiro em 1946 em circunstâncias ainda
desconhecidas.
Alguns visitantes ficam extasiados, outros se assustam e os mais novos gritam diante dos fetos bicéfalos ou deformados.
A seção dedicada á parasitologia recria os efeitos da elefantíase,
que se manifesta no agigantamento de partes do corpo humano, tal como
mostrou o diretor David Lynch em seu filme O Homem Elefante.
O Museu Anatômico Congdon, em homenagem ao médico Edgar Davidson
Congdon, inclui uma mostra da dissecação de um corpo, do sistema
nervoso, do sistema arterial e dos músculos, entre instrumentos médicos e
estantes repletas de objetos de laboratório e frascos que lembram os
experimentos de Josef Mengele.
"Não me parece aterrorizante.
Eu trouxe meus filhos para que aprendam sobre medicina e parasitologia.
Há também um espaço especial dedicado aos tsunamis", afirma Arkorn
Rodkantook, um tailandês de 37 anos que visitou o museu junto com a
mulher e os dois filhos adolescentes.
"Com todo o sangue e violência que há na televisão e no cinema, os cadáveres daqui não deveriam assustar ninguém", ressalta.
Por 40 bat (pouco mais de um euro ou US$ 1,34), preço da entrada,
turistas e curiosos viverão uma experiência difícil de esquecer ao
descobrir o que se esconde por trás da natureza humana.
Comentem gostando ou não e me expliquem o que gostariam de ver por aqui.
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